sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Resoluções

É chegada a hora.

O final do ano se aproxima e é tempo de fazer o balanço sobre o ano que passou e as metas para o que se aproxima.

De início, não é tarefa fácil perceber realmente sua evolução, se é que ela existiu.

É difícil ter olhos críticos sobre si mesmo.

Você busca ajuda dos sinais externos: do que sente, do que ouve e do que vê. Mas nem sempre isso é suficiente.

A busca do auto-conhecimento é árdua. Não é tarefa fácil.

Voltar os olhos para si mesmo muitas vezes pode não ter um resultado satisfatório.

É cansativo e causa preguiça, tamanho o número de coisas que você descobre querer mudar.

Mas mais uma vez eu afirmo: o que importa é a vontade real. Aquela que impulsiona o movimento. É como girar uma roda de ferro: no início é árduo, mas uma vez em movimento, ela praticamente gira por si só. A força a ser aplicada é ínfima.

Este ano não foi um ano fácil.

Foi um ano de busca, de voltar os olhos para dentro.
Foi um ano triste. Mas com muitos momentos de alegria, sempre.
Foi um ano de saudades, de raiva, revolta e aceitação.
Foi um ano de solidão e de busca por estar sozinho.
Foi um ano de realizações.

Pela primeira vez na vida fiz metas e, realmente, as cumpri.

Algumas obstáculos estão sempre aí, trabalhando para o seu fracasso. E, pela segunda vez na minha vida, percebi sim, que você deve escolher bem aquilo que o cerca. Se você já tem que lidar com as suas frustrações e problemas, se ofereça, ajude ao próximo na medida em que consegue. Apenas isso. Não se estupre. Você precisa juntar suas forças para se erguer antes de fazer qualquer coisa.

Foi também um ano de surpresas. Há muito não cuidava de mim. E o movimento que se iniciou com a terapia já rendeu: exercício físico regularmente, alimentação equilibrada, redução da quantidade de álcool ingerido e, por incrível que pareça, pela primeira vez a tentativa real de largar o cigarro.

É incrível! Que de uma tristeza profunda você possa vir a tentar se tornar um ser humano melhor.

Quando você se quer bem, se cuida e consequentemente cuida melhor daqueles que estão a sua volta. E assim, aproveita melhor a sua família e seus amigos. Os programas deixam de ter aquela carga pesada de energia. Afinal, é muito melhor ir correr na praia com a sua amiga, do que ficar de sexta a domingo em uma night eterna! Sem considerar as bebedeiras durante a semana. Isso sem mencionar a melhora na disposição para o trabalho. Você chega mais contente todos os dias pela manhã. Trabalha com mais prazer e se diverte muito mais com os seus colegas.

Depois veio a surpresa: a melhor resolução foi aquela que veio aos 45 minutos do segundo tempo: largar toda e qualquer compulsão.

Não digo que nunca mais beberei ou colocarei um cigarro na boca. Mas se descobrir capaz de viver muito bem sem eles foi a melhor e mais gostosa descoberta de 2008.
Saber que posso controlar a minha ansiedade de outras formas é muito gratificante.
Te faz querer seguir em frente.

Para o ano que vem, desejo saúde para mim e para todas as pessoas que amo.
Desejo me amar mais, continuando este processo iniciado agora.
Desejo que que nunca mais a minha auto-estima vá para o lixo. Vou cuidar dela como nunca cuidei, agora que sei sua importância.
Desejo nunca mais depender da aceitação alheia.
Quem quiser gostar de mim: prazer, eu sou a Pri. Se não gostar, não ligo mais.

Não posso ser feliz e nem fazer os que estão a minha volta um pouco mais felizes se não me amar. Este é o primeiro impulso a ser dado na roda. Acho que consegui.

Quanto a tristeza e a saudade que sempre voltam, vou aprender a lidar com elas. Vou aprender! E sem me destruir!

As porradas estão fortes. Cada dia é uma luta.

Mas eu também, estou mais forte do que nunca.

Que venha 2009.

"Humildade. Amor e Caridade. Não julgue. Não condene. Perdoe."

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Fecho-me

Crise.
Sem vontade de refletir.
Sem vontade de sentir essa tristeza.
Sem vontade de escrever.
Sem vontade de dividir.